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segunda-feira, 23 de abril de 2012

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Como usar as tecnologias a nosso favor?

 | InclusãoTecnologia
Jaqueline e Pedro
Olá, pessoal, estou aqui novamente para compartilhar com vocês minha mais recente experiência como professora… Há algumas semanas fui designada para trabalhar como professora de apoio em uma escola estadual no meu município, Caetanópolis. Vocês nem imaginam como estou feliz com este novo desafio! Está sendo um aprendizado diário desde que comecei. Totalmente diferente de qualquer experiência na Educação que já tive (sei que ainda é pequena), mas ser professora de apoio numa escola da rede estadual, estando numa turma de segundo ano do Ensino Médio, para quem estava acostumada a conviver diariamente com crianças na Educação Infantil… é mesmo emocionante! Difícil vai ser descrever tanta emoção.
Primeiro, vou começar pelo aluno, Pedro. É um aluno com deficiências múltiplas, por isso necessita de um professor de apoio dentro de sala com ele para auxiliá-lo. Possui limitações na fala e na locomoção, mas consegue escrever, ainda que lentamente. Também caminha utilizando o apoio de uma pessoa e uma bengala de quatro pontas. Ele é muito inteligente! Fico admirada com sua capacidade de assimilar e realizar inferências. Não é um aluno que está na escola regular apenas porque usufrui de um direito seu, mas porque realmente consegue acompanhar a turma e tem demonstrado avanços durante este longo percurso.
Outra coisa legal é que estou tendo a oportunidade de aprender ou relembrar conteúdos que estudei há vários anos (me formei nesta mesma escola em 2000). Ao mesmo tempo que auxilio meu aluno, posso aprender junto com ele as matérias.
Sinto-me feliz em poder trabalhar ao lado daqueles que um dia foram meus professores. Fui muito bem recebida na escola, e é muito bom ser integrante de um grupo que há tanto tempo batalha por uma educação pública de qualidade. E o melhor é que estão dispostos a aprender como é que se faz essa “inclusão” de verdade. Ao chegar, percebi que alguns professores ainda não sabiam ao certo como lidar com o Pedro, por conhecerem pouco suas limitações e suas potencialidades. Mas creio que estamos a cada dia aprendendo com ele a como facilitar sua aprendizagem e sua interação com os colegas.
Estou em contato com jovens, cheios de vigor e dilemas, uma geração diferente da minha. Mais de dez anos se passaram e percebo claramente agora o que parecia uma discussão vaga na faculdade: a competitividade dos aparelhos eletrônicos com o professor. A era dos celulares e smartphones, das redes sociais e das mídias eletrônicas trouxe uma nova demanda de alunos e um novo desafio para a escola. Somos levados a repensar posturas, pensar em alternativas que tornem todo esse aparato tecnológico nossos aliados, e não inimigos da aprendizagem. Realidade difícil essa na escola pública, em que as tecnologias chegam lentamente… Diante disso, caros colegas, pergunto a vocês: como usar essas tecnologias ao nosso favor no nosso dia a dia?
Tenho usado com este meu aluno a tecnologia do computador e da internet para adaptar atividades para ele. Já realizamos juntos pesquisas na internet para um trabalho de Educação Física, sabiamente sugerido pela professora para procurarmos maneiras de inclusão nos esportes como vôlei, basquete, entre outros. Ele demonstrou ter gostado de usar o notebook e rapidamente aprendeu os comandos. Já soube pela mãe que nas horas vagas ele adora ver TV e jogar videogame. Vejo as tecnologias, para alunos como o Pedro, uma ajuda para realizar esta tão falada inclusão, às vezes tão distante da nossa realidade. Mas sei que não é tão fácil o acesso a elas em muitas escolas.
E então, colegas, será que há como dar aula da mesma maneira que há dez anos? Deixo vocês com essa pergunta… Até o próximo encontro!
Jaqueline

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