sábado, 7 de abril de 2012

Henri Wallon, o educador integral

Militante apaixonado, o médico, psicólogo e filósofo francês mostrou que as crianças têm também corpo e emoções (e não apenas cabeça) na sala de aula

Márcio Ferrari (novaescola@atleitor.com.br)

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Henri Wallon

Falar que a escola deve proporcionar formação integral (intelectual, afetiva e social) às crianças é comum hoje em dia. No início do século passado, porém, essa idéia foi uma verdadeira revolução no ensino. Uma revolução comandada por um médico, psicólogo e filósofo francês chamado Henri Wallon (1879-1962). Sua teoria pedagógica, que diz que o desenvolvimento intelectual envolve muito mais do que um simples cérebro, abalou as convicções numa época em que memória e erudição eram o máximo em termos de construção do conhecimento.

Wallon foi o primeiro a levar não só o corpo da criança mas também suas emoções para dentro da sala de aula. Fundamentou suas idéias em quatro elementos básicos que se comunicam o tempo todo: a afetividade, o movimento, a inteligência e a formação do eu como pessoa. Militante apaixonado (tanto na política como na educação), dizia que reprovar é sinônimo de expulsar, negar, excluir. Ou seja, "a própria negação do ensino".

As emoções, para Wallon, têm papel preponderante no desenvolvimento da pessoa. É por meio delas que o aluno exterioriza seus desejos e suas vontades. Em geral são manifestações que expressam um universo importante e perceptível, mas pouco estimulado pelos modelos tradicionais de ensino.

FONTE:http://revistaescola.abril.com.br

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A ESCOLA QUE QUEREMOS E ESTAMOS CONSTRUINDO

A escola que queremos e estamos construindo é aquela que desperta em cada criança, adolescente, o desejo incansável de aprender. Que não se limita a quatro paredes, mas que transpõe os seus muros e se abre para o mundo. Que pensa a educação na perspectiva das suas múltiplas dimensões, da integralidade humana, que não só educa a mente, mas também os sentimentos, as emoções. A escola que queremos e estamos construindo é aquela que caminha na contramão das injustiças, preconceito, violência, desigualdades, discriminação, que não se cansa de cultivar os valores, os princípios, a ética, de valorizar e conviver respeitosamente com as diferenças e não de transformá-las em desigualdades. A escola que sonha com um mundo mais justo, humano, fraterno onde de fato e de direito as pessoas possam viver com plena cidadania. A escola que queremos e estamos construindo é uma escola viva, dinâmica, ousada que não tem medo de inovar, que não transforma dificuldades em problemas, mas em oportunidades. É uma escola preocupada com a sustentabilidade do planeta, com a construção de espaços onde a criança sinta prazer na sua chegada e não pense na sua saída. É a escola que permita o acesso ao conhecimento historicamente construído, mas sem perder a oportunidade de resignificá-lo, de contextualizá-lo, de enxergá-lo de forma interdisciplinar. A escola que queremos e estamos construindo é a escola das parcerias, da integração com a comunidade, do ensino voltado para a formação de um cidadão crítico, autônomo, capaz de perceber a essência da sua realidade e intervir para transformá-la. É uma escola para além da neutralidade, com posições firmes e conscientes, defensora da justiça social e denunciadora do silêncio alienante. A escola que queremos e estamos construindo é aquela onde todos os profissionais estejam satisfeitos e tenham prazer naquilo que faz. Assumam suas responsabilidades com satisfação e não com sacrifício. É a escola onde cada um dá o melhor de si para a construção de um projeto sonhado junto, coletivamente. É a escola que não só discursa, mas vivencia relações democráticas de gestão primando, sobretudo, pela coerência, diálogo, autonomia. Sim, a escola que queremos e estamos construindo é aquela que zela pela sua imagem, que cuida das suas relações interpessoais, busca incessantemente a unidade, fortalece a sua identidade e promove a cultura da paz. É a escola que ajuda o município, o estado, o país a se tornar um referencial para o mundo, não porque tenha a pretensão de ser a melhor, mas porque assume o desafio de não ser a mesma. Finalmente, essa é a escola que queremos e estamos construindo, mas se ainda assim, ela não é a escola necessária para as nossas crianças, os nossos jovens, então já não somos os profissionais necessários para que ela exista. Antônio José, diretor da E.E.F.Profª Joana Marques Bezerra.

Escola de Ensino Fundamental Professora Joana Marques Bezerra

BOAS VINDAS

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